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sexta-feira, 15 de março de 2013

REVISTA N °10- LIÇÃO 04- MISSÕES NO NOVO TESTAMENTO II

 George Gonçalves

Enquanto no Antigo Testamento tinha a tendência centrípeta o Novo Testamento demonstra claramente a atitude ativa, ou seja, centrífuga. Agora a Igreja tem que sair para alcançar o resto do mundo. A Teologia do Novo Testamento e evidentemente missionária. Enquanto o povo de Israel falhou no seu propósito missionário, Deus decidiu organizar um novo povo, que é a Igreja no Novo Testamento, a qual designou a tarefa missionária. O clímax dos propósitos universais de Deus para a redenção do homem é atingido no Novo Testamento.
Falar de missões sem envolver o Senhor Jesus Cristo, que foi o missionário por excelência, ele foi enviado pelo Pai, Deus. "Porquanto Deus enviou o seu filho" (Jo 3. 16).
Só no evangelho de João, a frase "aquele que me enviou" ou "como me enviaste" ocorre quase quarenta vezes.
"O missionário por excelência", o filho de Deus, deixou a glória que tinha com o Pai para tornar-se homem. Portanto, ele fez missões transculturais para valer. Há uma frase de David Livingstone diz que "Deus tinha um único filho e fez dele um missionário".
Estamos usando constantemente o termo missionário, mas afinal o que é um missionário? Os dicionários seculares definem "missionário" como pregador de missões "aquele que Missiona". Para George W. Peters, "É aquele que possui uma mensagem divinamente autorizada com propósito definido de evangelização, de fundação e edificação de igrejas". (PETERS apud OLIVEIRA; CANTO, 1983, p. 120)
Não encontramos o termo "missionário" na Bíblia Sagrada, mas, podemos dizer que Felipe foi um missionário, Barnabé, Paulo, Silas, Timóteo e os doze. Todos eles foram missionários, embora nunca tenham sido definidos como tais. O missionário é um apóstolo porque é um "enviado". Missionário é aquele obreiro dotado do ministério apostólico conforme Efésios 4.11. De certa forma, todos somos missionários. Moddy disse: "Se formos verdadeiros cristãos, então todos devemos ser missionários". (colocar referencia)
"Cada crente no Senhor é um missionário cultural entre os não-salvos do seu próprio povo em sua própria cultura e língua". (MEDEIROS apud OLIVEIRA; CANTO, 1983, p. 120). Missionário é uma pessoa com chamada divina para o ministério, que deixa seu país para ministrar a um povo de cultura ou civilização diferente. A Igreja de Cristo é o instrumento de Deus para atingir seus propósitos na terra. Ela recebeu a ordem de evangelizar o mundo, este é o grande desafio da Igreja de Cristo antes de subir aos céus, o Senhor deixou a ordem mais importante aos seus discípulos (Mc 16.15) fazer missões é uma ordem, um mandamento bíblico, não meramente uma opção, um parecer ou uma recomendação.
Portanto, a grande comissão ou o grande desafio não foi dado aos anjos e sim aos homens como eu e você (Mt 28.19,20) missões é levantar os olhos "erguei os olhos e vedes os campos" (Jo 4. 35). Jesus não inovou ao proferir para a grande comissão. Está em perfeita sintonia com a mensagem das escrituras do Antigo Testamento o anúncio das boas novas aos gentios estava previsto na palavra de Deus ao missionário Abraão (Gn 12.3) abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
No Novo Testamento encontramos a Igreja realizando missão centrífuga que em física (a força rotativa que impele os objetos de um centro para fora), ou seja, a Igreja primitiva enviando missionários para fora dos seus limites culturais com o objetivo de atingir outros povos. Em (Lc 10.2) no grego a palavra enviar é "Ekballo" dá o sentido de "tirar com força" ou "lançar para fora." veja a figura.

Portanto, a natureza da missão da Igreja é missão centrífuga, requer-se que vá a outras gentes e as ganhe, onde quer que se encontrem, para a causa de Cristo. Depois de ganhar para Cristo, devem formar extensões da Igreja em seu próprio país a seguir, esse povo mesmo, levará a cabo missões centrífugas. Saindo a pregar.
Em Marcos 16.15 lemos: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura". Já falamos que no Novo Testamento Jesus transfere esta responsabilidade para a sua Igreja à Nova Nação Santa (I Pe 2.9).
Em Jo 20.21-23 Jesus identifica os discípulos com os propósitos eternos do Pai "assim como o pai me enviou, também eu vos envio a vós." Aqui também a palavra envio está no sentido contínuo Jesus está sempre enviando.
Missões é uma tarefa tão grande e tão desafiadora que implica a inclusão de todos os crentes. Nem uma igreja pode omitir-se, nem um crente pode negar sua responsabilidade.
Podemos ir até mais longe, enfatizando que missões é responsabilidade de cada crente de cada igreja. Ninguém pode desculpar-se por não estar participando.
Se o Pastor tiver amor por missões, a igreja vai adquiri este amor, o pastor é a pessoa chave para as missões.
O Espírito Santo é o poder para as missões. Os discípulos deveriam ficar em Jerusalém até serem revestidos desse poder, pois não podiam começar a obra de Deus sem o revestimento de poder.
O Espírito Santo, ele conduz os discípulos a entenderem que o evangelho também é para outros povos (At 10.44.49). Ele guia os obreiros ao campo missionário (At 8.26; 16.6,7) e chama os obreiros às missões transculturais. (At 13.2).


3.1 Missões na Igreja em Antioquia
A Igreja em Antioquia da Síria é conhecida como a agência missionária, ou seja, o centro de missões. Ela serve como exemplo, pois foi à base missionária do avanço da Igreja primitiva no alcance dos outros povos.
A Igreja em Antioquia foi o resultado de uma forte perseguição que sobreveio à Igreja em Jerusalém.
A Igreja em Jerusalém estava voltada apenas ao trabalho da cidade, esquecida Judéia, Samaria e dos confins da terra, quando Deus permitiu uma forte perseguição.
Existe hoje em dia a idéia de que a Igreja precisa ser perseguida para que cresça, esta idéia é contrária à ênfase do Novo Testamento, pois conforme o livro dos Atos dos Apóstolos conhecido como o manual de missões, a Igreja foi perseguida porque crescia. Foi o crescimento que causou a perseguição, e não ao contrário a perseguição, depois causou a dispersão, que pela providência de Deus, resultou em plantações das igrejas em muitos lugares (1 Pe 1. 1-3)
A Igreja em Antioquia enviou missionários (At 13. 1-3) "e impondo sobre eles as mãos, os despediram", "é símbolo de autoridade em enviar", ela está aprovando a pessoa para ser representante de Deus e daquela igreja local ou denominacional. Então a Igreja tem que reconhecer sua responsabilidade na vida dos seus missionários em orar, contribuir, amar, socorrer e compreender, isto fez a Igreja em Antioquia. Rohden (Ano e Página) descreve em detalhes a partida dos missionários enviados pela igreja em Antioquia:
Barnabé e Paulo, acompanhados dos presbíteros e todo povo, atravessaram a "avenida marmórea" e a ponte sobre Orontes e descem ao Porto de Selêucia [...] o pequeno grupo de cristãos, como se refere Lucas ajoelha nas areias brancas da praia, orando com fervor e chorando em silêncio [...].
A Igreja em Antioquia serve de modelo para nós hoje, Donald Stamps, autor da Bíblia de Estudo Pentecostal, sustenta: "Pela imposição de mãos e o envio de missionários, a igreja indica que se compromete a sustentar e assistir os que saem à obra". ( ANO e Página)
O Pastor José Satírio dos Santos recomenda:
Ao sair para o campo missionário, o obreiro deve ter garantidos o salário (condizente com a realidade do país de destino) e moradia. Se possível, também um veículo e havendo recursos suficientes, o financiamento para a construção, compra de propriedades e adequação de estrutura de trabalho. [....]. (ANO E PÁGINA)
O pastor ainda nos adverte: "não vejo outra forma de fazer missões com eficiência".
Muitos saem ao campo missionário por que se encantam com a palavra "missionário" e saem para o campo sem experiência, sem preparo e muitos nem sabem o que é a obra missionária. Outros saem porque um "profeta" falou sobre o assunto, sem o próprio candidato não ter plena convicção e certeza da chamada, e o resultado sem dúvida será fracasso na obra missionária.
A Igreja em Antioquia dava ouvidos à voz do Espírito Santo, a Igreja ouvia o que o Espírito Santo tinha a lhes dizer; e você tem ouvido o Espírito Santo falar com você sobre missões?
A Igreja em Antioquia deu o melhor para missões. O Espírito Santo separa, prepara, capacita e impulsiona a Igreja a enviar obreiros para o trabalho missionário. 


3.2 Missões na vida do missionário Paulo
Falar em missões sem mencionar o missionário Paulo, não estamos falando sobre missões na sua totalidade, porque podemos afirmar que depois de Jesus, Paulo foi o maior missionário de todos os tempos. E missões, Paulo fez com eficiência. Ele considera-se um abortivo (1 Co 15. 8) para desempenhar seu mistério entre os gentios, sendo considerado apóstolo deles o que o Senhor fala a Ananias (At 9. 15; Gl 1.15,16).
Consideramos duas passagens bíblicas, onde Paulo fala da sua visão de levar o evangelho a povos que viviam longe da luz do Senhor Jesus (Rm 15. 19-20; 2 Co 10. 15).
Paulo era aquele missionário que se esforçou por anunciar o evangelho, ele procurava pregar dando atenção especial aos lugares onde ainda não havia um trabalho organizado. É por isso que seu coração ardia pela Espanha: "Penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha, pois espero que de passagem, estarei convosco e que para lá seja por vós encaminhado [...] passando por vós irei à Espanha" (ROMANOS, 15. 24, 28).
Nenhum trabalho ou feito próprio era motivo de orgulho para Paulo a não ser o
Senhor Jesus somente (2 Co 10.17)
Paulo considerava o missionário como um lançador de fundamentos, de maneira que pregar onde já havia um trabalho estabelecido, significava edificar sobre o trabalho de outro, causando choques, contendo desperdícios de tempo e dinheiro, e até os prejuízos morais para a obra de Deus.
Paulo escreveu em grego cuja a transcrição simples seria "yperhekeina ymon" que significa "lugares além de vós", ARC [Almeida Revista Corrigida]; ou para além das vossas fronteiras ARA [Almeida Revista Atualizada] (2 Co 10.16).


3.2.1 Paulo e sua primeira viagem missionária
Apesar de sua confiança e do chamado divino para as missões Paulo entra em um período de inatividade durante sete ou oito anos, poucos se ouvia falar dele. Mas aqueles anos foram de espera, disciplina e paciência. Ele tinha uma missão, mas faltava-lhe oportunidade. Ele aprendeu que as delongas de Deus têm sempre um propósito; nada sai errado em seu cronograma.
Depois de várias reuniões e muita oração, os líderes da Igreja entenderam que era a vontade de Deus que enviasse. A sua primeira viagem missionária está registrada em (At 13. 1 - 14, 28), Barnabé e Paulo ou os missionários levaram com sigo o jovem Marcos. Quando a primavera chegou aos montes da Síria, os três partiram; muitos irmãos estavam lá para se despedirem deles. Os missionários caminharam pela longa estrada pavimentada que os levaria ao porto da Selêucia (Porto do Mar Mediterrâneo sendo também uma das principais cidades da Síria) onde havia grande atividade. A sua primeira viagem missionária durou cerca de dois anos (48 a 49 d.C.).
Em atos 3.6 "E, havendo atravessado a ilha até Pafos". Dá idéia de uma campanha evangelística. Lucas que escreveu o livro de Atos mencionou trinta e dois países, cinquenta e
quatro cidades e nove ilhas. Significa "uma turnê evangelística em toda a ilha".


3.2.2 Paulo e sua segunda viagem missionária
Paulo agora leva consigo Silas (At 15. 40-41) "E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu," passou pela Síria e Cilícia eram duas províncias, Paulo visitou as igrejas que já estavam organizadas ali, essas igrejas foram plantadas pelo esforço da Igreja em Antioquia, que era uma Igreja missionária, e de Paulo quando passou dez anos em Tarso (At 15. 23; Gl 1. 21). A segunda viagem missionária de Paulo aconteceu em 50 ou 49 d.C. perseguiu por terra rumo ao norte, atravessando os "portões da Síria" e Cilícia até o sul da Galácia.
Derbe – Quando fora a primeira vez fizeram muitos discípulos, em Listra Paulo encontrou um discípulo por nome Timóteo (At 16. 1) e o mesmo acompanhou Paulo nesta segunda viagem missionária. Frígia, Galácia e Mísia região que foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia (At 16. 6-7).
Paulo a noite teve uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: "passa a Macedônia, e ajuda-nos".
O missionário nos dias de hoje precisa ter visão como tinha o missionário Paulo. Depois desta visão Lucas registra "E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho. (v. 10). Tudo indica que Lucas se juntou com a equipe missionária. 
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